Nota de Falecimento
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Djalma Santos, bicampeão mundial, morre em Uberaba aos 84 anos.
Quatro Copas do Mundo, dois títulos.
Nos tempos em que lateral tinha como principal função defender, ele foi um visionário. Sua saúde privilegiada e a técnica das mais apuradas ajudaram muito nos avanços ao ataque. Resumo da ópera: duas das cinco estrelas que os brasileiros carregam no peito foram conquistadas com o suor e o brilho de Djalma dos Santos. Por uma questão de praticidade, qualidade típica dos bons laterais, a preposição e o artigo foram abolidos do nome: virou Djalma Santos. Neste 23 de julho de 2013, o craque visto por muitos como o melhor lateral-direito de todos os tempos deixou a vida, aos 84 anos, em Uberaba, interior mineiro, onde morava há duas décadas.
A carreira de Djalma Santos em clubes brasileiros foi consolidada em três times: Portuguesa, Palmeiras e Atlético-PR. Na Lusa, fez parte de uma das melhores equipes do clube em todos os tempos. A parceria com Julinho Botelho e Brandãozinho resultou na conquista dos torneios Rio-São Paulo, em 1952 e 1955, e Fita Azul, em 1951 e 1953. Djalma Santos fez 434 jogos pela Portuguesa, ficando atrás apenas de Capitão em número de partidas pela Lusa.
Na década de 1960, o craque se juntou a Djalma Dias e Ademir da Guia para formar a famosa Academia de Futebol do Palmeiras. O escrete alviverde, marcado por um futebol didático, de excelência, conquistou o título paulista em 1959, 1963 e 1966, a Taça Brasil, nos anos de 1960 e 1967, e o Rio-São Paulo, em 1965. Nesse mesmo ano, veio a consagração da Academia, quando representou o Brasil em um amistoso contra o Uruguai, na inauguração do Mineirão. E representou bem: vitória por 3 a 0 sobre a celeste olímpica.
Do Palmeiras, Djalma rumou para o Atlético-PR, onde encerrou a carreira aos 41 anos, mas com grande fôlego. Foi campeão estadual em 1970 e ajudou o time a ficar 12 jogos invicto. Em 21 de janeiro de 1971, fez sua despedida dos campos, contra o Grêmio, em um amistoso. Agora, é só saudade.
Bicampeão mundial em 1958 e 1962 e presente nas duas finais, na Suécia e no Chile, Djalma deixa luto mais forte nos torcedores de Palmeiras, Portuguesa e Atlético-PR, os clubes que defendeu.
Por GLOBOESPORTE.COM
Uberaba, MG